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“… Uma história que eu nunca esqueci…” / “… A story I never forgot…” - 56th Venice Biennale

56th Bienal Internacional Art exhibition
La Biennale Di Venezia - 2015
The National Pavilion of the Republica of Armenia
Mekhitarist Monastery, Island of San Lazzaro degli Armeni, Venice
Opening - May 9, 2015




Artistas Contemporâneos da Diáspora Armênia / Contemporary artists from the Armenian Diáspora 


No simbólico ano de 2015, por ocasião do marco dos 100 anos do Genocídio Armênio, o Ministério da Cultura da República da Armênia dedicou seu pavilhão para os artistas da diáspora armênia.(...)
Saiba mais em: www.armenity.net   

In this symbolic year 2015, on the occasion of the one hundredth commemoration of the Armenian Genocide, the Ministry of Culture of the Republic of Armenia has dedicated its pavilion to the artists of the Armenian Diaspora. (…)
Read more: www.armenity.net
Curadoria / Curated by: Adelina Cüberyan Von Fürstenberg


Rosana Palazyan
“… Uma história que eu nunca esqueci…” - 2013-2015 - Vídeo instalação
Vídeo 13’ e linhas de algodão  no chão
“… A story I never forgot…” - 2013-2015 - Video installation
Video 13’ and cotton thread on the floor



Rosana Palazyan, Junho de 2013

“... Uma história que nunca mais esqueci...” é uma videoinstalação cujo vídeo produzido de forma ‘artesanal’ não tem pretensões de virtuosismos técnicos, mas de reordenar ou organizar a memória fragmentada sobre o genocídio armênio (c. 1915 a 1920) com base nas histórias e relatos ouvidos ao longo da vida desde a infância. Uma história que sempre foi impossível esquecer, pois o esquecimento seria o esquecimento do próprio ser.

Brasileira de ascendência Armênia de ambos os lados, tendo iniciado minha carreira no final dos anos 80 e cercada por episódios de violência, traumas sociais, econômicos e políticos em meu país, não me sentia a vontade para tratar do tema “Armênia”. Minha urgência era aproximar as pessoas adormecidas pela banalização do cotidiano a estas questões. Desde então, venho buscando delicadamente ampliar, e potencializar a reflexão sobre a violência e exclusão no tecido social, onde todos acabam vitimados.

Ao ser convidada para participar da 4ª Bienal de Thessaloniki, cidade onde meus antepassados e seus amigos sobreviventes se refugiaram durantes alguns anos, o passado tão distante, estava diante de mim, tão próximo...

E “quem lembra do genocídio armênio?” Eu lembro.

Foi preciso remontar cada fragmento da memória como em um quebra cabeças, carregado de enorme custo pessoal, para recontar mais uma vez uma história que me foi contada e que nunca esqueci. Lembrar e fazer lembrar para nunca mais acontecer.

O fio condutor da história é um lenço bordado por minha avó materna, quando refugiada em Thessaloniki (Grécia) com o apoio de Armenian General Benevolente Union (AGBU), onde muito jovem foi professora de bordado. O lenço transformado a cada episódio, perpassa a história desde a memória de infância (em Konya), a vida na Grécia como refugiada, a viagem ao Rio de janeiro por volta de 1926 (e sua nova vida) - até que o lenço retorne como parte integrante da obra a ser apresentada na bienal.

Escrevo este texto no calor dos acontecimentos quando nos últimos dias em meu país, jovens, mulheres, crianças, famílias, estão nas ruas lutando por seus direitos, vivendo momentos que não vivenciamos há muitos anos. O que tem me feito pensar na proximidade de todos os projetos e experiências que a arte tem me possibilitado realizar.

Se não muda o mundo, tenho vivido a arte como um percurso do entendimento e encontro com o Outro. E de forma incansável tenho me dedicado a transformar as relações das pessoas frente a questões tão urgentes, na tentativa de fazer acionar a mobilização para um mundo melhor.

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Rosana Palazyan, June, 2013
  
“… A story I never forgot…” is a video installation in which the video, produced in an “artisanal” manner, doesn’t pretend to achieve technical excellence, but to reorder and organize the fragmented memory of the Armenian genocide (c. 1915 to 1920) based on the stories and narrative heard since childhood. To forget it would mean forgetting one’s own being.

Brazilian of Armenian descent from both sides, having started the career in the end of 1980s, surrounded by episodes of violence; social, economical, and political traumas in Brazil, I did not feel comfortable to deal with the Armenian theme. My urgency was to bring people numbed by the daily occurrence closer to these issues. Since then I’ve been trying to delicately expand the reflection about violence and exclusion in the social fabric, where everyone ends up victimized.

When invited to take part in the 4th Thessaloniki Biennial, a city where my ancestors found refuge for several years, the remote past became so close to me…

Who remembers the Armenian genocide? I do.

It was necessary to reassemble each fragment of memory as in a puzzle, full of enormous personal cost, to narrate once again the story which was told to me and which I never forgot: to remember and to do remind, to never more happen.

History runs through with a handkerchief embroidered by my grandmother when a refugee in Thessaloniki, with the support of the Armenian General Benevolent Union (AGBU), where she was an embroidery teacher. Transformed in each episode, the piece covers the story of her origin remembrances (Konya), the life in Greece, the departure to Rio de Janeiro (and new life), until the handkerchief return as part of the work in Biennial.

This text is written in the heat of the moment, when multitudes are in the streets of my country, fighting for their rights, living times we haven’t seen for a long time. This made me think of all projects and experiences that art has provided me.

If it doesn’t change the world, I have been living art as a trajectory of understanding and meeting the Other. I have tirelessly dedicated myself to transform the relations of people in the face of such issues, trying to activate a mobilization for a better world.

Projeto para video instalação / Project of the video installation
Mekhitarist Monastery - Island of San Lazzaro degli Armeni
Armenian Pavilion at the 56th International Venice Art Biennale

Detalhe da instalação / Detail of the installation

Quebra-cabeças familiar


clique na imagem para ampliar | click on the image to enlarge

Rio dos Navegantes - MAR - RJ | revista SELECT



Exposição O Rio dos Navegantes, Museu de Arte do Rio -  De: 25/05/2019 - 03/2020

Revista Select ed. 43 - página 27
https://issuu.com/editora3/docs/select_20190522_43

ART for The World | Aqua : A Work in Progress




Leia mais // Read more: http://art-for-the-world.blogspot.com.br/p/world-water-joy-work-in-progress.html?m=1

Rosana Palazyan exibe na Bienal de Veneza obra sobre o genocídio armênio em 1915

A artista carioca relembra, no Pavilhão da Armênia, tragédia da qual seus avós foram sobreviventes


POR NANI RUBIN
01/05/2015 6:00 / ATUALIZADO 01/05/2015 9:46

Rosana Palazyan leva a Veneza a videoinstalação “...Uma história que eu nunca esqueci”
e o trabalho “Por que daninhas?” - Ana Branco / Agência O Globo

RIO — A artista carioca Rosana Palazyan sempre teve temas urgentes a tratar em seus trabalhos. Falou da violência policial em “Hóstias” (1994), dos sonhos de adolescentes em confronto com a lei em instalações como “...um pedido para a estrela cadente” e “...uma história que você nunca mais esqueceu?” (2002), dos anseios de moradores de rua em “O realejo” (2010). Tantas e tão prementes eram as questões que envolviam a artista em seu cotidiano no Rio — exclusão, violência doméstica — que ela nunca se sentira à vontade para abordar uma outra história, real e contundente como todas essas, mas de cunho biográfico: o genocídio armênio ocorrido em 1915.

Mas uma série de fatores convergiram para que, na Bienal de Veneza, que será aberta ao público no dia 9 de maio, figure um trabalho de Rosana sobre esse tema: a videoinstação “...Uma história que eu nunca esqueci...”, uma das duas obras da artista incluídas na exposição “Armenity”, do Pavilhão da Armênia. A mostra homenageia os 100 anos do genocídio, e tem como subtítulo “Artistas contemporâneos da diáspora armênia”. A carioca nascida há 51 anos no Engenho de Dentro é um dos 18 artistas convidados, de países como Estados Unidos, Grécia, Bélgica e Líbano. Como os outros, faz parte da terceira geração, os netos dos que sobreviveram ao massacre perpetrado pelo Império Otomano na gigantesca e compulsória marcha para tirar os armênios da atual Turquia.

SC - Exclusiva - Imagens do vídeo "Uma história que nunca vou esquecer", de Rosana Palazyan,
que estará na mostra "Armenity", do Pavilhão da Armênia na Bienal de Veneza - Divulgação

— Nunca tive chance de pensar nessa história e nunca me senti à vontade no Brasil para falar disso. Porque aqui a gente está sempre tão rodeada de casos de violência, de exclusão social, essas coisas é que me envolviam — conta ela.

UM LENÇO COMO FIO CONDUTOR

A chave que a fez abrir o baú dolorido das memórias da família veio em 2013, com um convite da curadora Adelina von Fürstenberg para participar da Bienal de Thessaloniki, na Grécia. Nascida em Istambul, de origem armênia e radicada na Suíça, Adelina conhecera o trabalho da artista em 2007, quando organizou no Sesc, em São Paulo, a exposição “Mulher, mulheres — Um olhar sobre o feminino na arte contemporânea”. Assim que aceitou o convite, Rosana, como de hábito, começou a pesquisar a cidade onde iria expor:

— Sabia que a família da minha avó materna, Noemi, tinha se refugiado na Grécia, mas não onde era, exatamente. Sabia que ela fora acolhida por uma organização, uma espécie de Cruz Vermelha, a Armenian General Benevolent Union, AGBU, onde aprendeu a bordar muito menina e deu aulas de bordado para sobreviver. Minha mãe tinha foto dela com a turma de bordado.

Santo Google. À busca “armenian refugees in Greece” e “embroidery workshop”, começaram a aparecer muitas fotos, entre elas a que sua avó guardara por tantos anos, com a legenda que situava o local: Thessaloniki, a mesma Salônica de que a mãe de Rosana, incitada pela pesquisa da filha, agora se lembrava — “Fiquei arrepiada, chapada, perturbada com tudo isso”, conta Rosana, que escreveu imediatamente para a curadora, propondo o trabalho.

— Mas eu não queria fazer algo focado na minha história, queria ampliar isso. Tem uma passagem de tempo desde o genocídio até a minha avó chegar aqui, formar a família dela. O que costura tudo é um lencinho que ela bordou nesse ateliê, e que percorre todo o vídeo.

O lencinho de Noemi aparece primeiro como a capa de um livrinho, onde a história é contada. Para o vídeo, Rosana criou uma série de trabalhos, em diferentes materiais. Os primeiros usam a mancha de café derramado sobre tecido, uma alusão às amigas da avó, que liam o destino de cada um na borra do café:

— Eu achava meio cafona, ria disso. Todas as previsões eram parecidas, “você vai fazer uma viagem...”. Mas ficou forte na minha cabeça, então aparece ali como se fosse o destino daquelas pessoas.

A imagem principal desta série, da marcha, foi feita a partir de uma fotografia. Outra série de trabalhos foi criada a partir de narrativas que a artista leu ou ouviu, ilustrando-as sobre hóstias da igreja ortodoxa armênia. São imagens de pessoas penduradas pelos pés, de uma mãe que teve o filho arrancado do ventre, desenhadas numa mistura de farinha com água.

— São muito pesadas. As mulheres eram estupradas na frente das crianças. E é parecido com o que a gente conhece daqui e do mundo. São fatos que seguem acontecendo. As pessoas me perguntam como consigo fazer isso. Na hora quero simplesmente fazer. Depois não consigo mais olhar. Agora, por exemplo, já fico mais nervosa — diz ela, ao exibir o vídeo num tablet.

ERVAS DANINHAS COMPÕEM SEGUNDA OBRA

Um terceiro grupo de trabalhos é composto por desenhos com bordados que mostram o percurso da avó, a partir de relatos esparsos — de criança, na terra natal, à passagem pela Grécia, onde conheceu o avô de Rosana, também refugiado, até a vinda de ambos para o Brasil, quando o lencinho reaparece, na forma de um barquinho de papel que cruza o oceano até aportar no Rio de Janeiro. Os avós paternos também nasceram lá (“Meu pai contava que meu avô, ferroviário, passou perto de um monte de corpos e viu minha avó se mexendo sob eles; ela estava viva, e ela a levou para cuidar dela”).

Rosana não conheceu os avós paternos. Já Noemi, mãe de sua mãe, era muito próxima.

— Minha avó tomava conta de mim bordando. Sempre quis me ensinar a bordar, e eu dizia que não, porque seria uma mulher contemporânea. A imagem da minha avó bordando me marcou. Mostrava as fotos da família, dos parentes, e chorava. Contava pouquíssima coisa. Por isso digo que esse trabalho é um quebra-cabeças — diz.

SC - Exclusiva - Obra "Por que daninhas", de Rosana Palazyan, que estará na mostra "Armenity",
do Pavilhão da Armênia na Bienal de Veneza - Divulgação
Inédito no Brasil, “...Uma história que eu nunca esqueci...” será exibido em Veneza ao lado de outra obra de Rosana, “Por que daninhas?”, que vem sendo realizada desde 2006. Ela recolhe ervas daninhas e as fixa entre duas peças de tecido transparente. Costura então fios de seu cabelo com frases bordadas como raízes. Aqui, eram de moradores de rua; lá, com temas como imigração e genocídio... Pesquisando, ela notou que a literatura sobre as plantas estava repleta de frases como “são indesejadas, precisam ser exterminadas”, que poderiam ser aplicadas a situações de exclusão social. O trabalho ficará no Monastério Mekitarista, importante centro de estudos da cultura armênia, na Ilha de São Lázaro. Na segunda, véspera da viagem a Veneza, a artista teve mais uma revelação: soube que seu pai, Hacik, nascido na Turquia, teria ido para a Itália, estudar num mosteiro — e é grande a chance de ser este onde ela vai expor.

http://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/rosana-palazyan-exibe-na-bienal-de-veneza-obra-sobre-genocidio-armenio-em-1915-16033449

STANDART, Trienal de Arte contemporânea na Armênia


STANDART, Trienal de Arte contemporânea na Armênia /
STANDART, Triennial of Contemporary Art in Armenia
Primeira Edição / First Edition


THE MOUNT ANALOGUE
Uma experiência de arte contemporânea /
A Contemporary Art Experience

Conceito e Curadoria/ Concept and Curatorship: Adelina Cüberyan von Fürstenberg
Curadoria associada / Associate Curator: Ruben Arevshatyan
Organização / Organization: Armenian Arts Council (AAC), em colaboração com /in collaboration with: ART for The World
Exposição / Exhibition : 24 julho/july à 31 dezembro/december, 2017
Primeira parte: 24 de julho à 30 de setembro, Segunda parte: 14 de setembro à 31 de dezembro
First part: July 24 to September 30, Second part: September 14 to December 31
Aberturas: 20 a 22 de julho, 12-13-14 de setembro / Openings: July 20–22, September 12-13-14
Cidades/ Cities : Yerevan, Gyumri, Sevan, Kapan

           (...) STANDART, Trienal de Arte Contemporânea é uma exposição periódica, desenvolvendo itinerários em várias partes da Armênia com base no tema da exposição. O nome da Trienal é inspirado pela revista armênia de vanguarda Standard, publicada em 1924. STANDART destaca o rico contexto cultural e histórico da Armênia e, por meio de seu caráter itinerante, envolve comunidades diversas e cria oportunidades de diálogo e relações entre artistas, escritores, curadores, cientistas, comunidades locais e visitantes.
           Para a sua primeira edição do STANDART, o Conselho de Artes da Armênia nomeou como Curadora Chefe Adelina Cüberyan von Fürstenberg, premiada com o Leão de Ouro para o Pavilhão Nacional da Armênia na 56ª Bienal de Veneza, 2015.
           Inspirado pelo romance inacabado The Mount Analogue do escritor surrealista francês René Daumal (1908-44), STANDART será realizada em espaços históricos e culturais, em toda a região do Monte Ararat. Como símbolo de uma pesquisa poética e experiência temporária, The Mount Analogue destaca as reflexões sobre a busca do conhecimento com base no conceito de que a essência de uma mente criativa está diretamente relacionada com quem é a pessoa e o ela que experimenta. O resultado é uma série de exposições de arte contemporânea, encontros e colaborações, site-specifics e performances dos artistas participantes com artistas que vivem na Armênia. (...)

Leia mais / Read more:






1ª Parte: aberturas em 20-22 de julho de 2017 /
1st part: openings on July 20-22, 2017

Gyumri:
- Museum of Aslamazyan Sisters, 242 Abovyan St.
Abertura/ Openning: 22 Julho / july, 2017 de 12h às 17h
Exposição/ Exhibition: 22 julho/july  à / to 30 setembro/september, 2017
Curadoria /Curated by: Adelina Cüberyan Von Fürstenberg
Video instalações / Videos installattions:
Francis Alÿs (Belgium), Gohar Martirosyan (Armenia) & Marta Dell'Angelo (Italia), Rosana Palazyan (Brazil)
Filmes / Movies: Murali Nair (India), Idiessa Ouedraogo (Burkina Faso), Jafar Panahi (Iran), Jia Zhang-Ke (China).
Seleção de obras das irmãs Aslamazyan, com curadoria colaborativa de Vahagn Ghukasyan interagindo com obras dos artistas convidados / Aslamazyan Sisters selected works in a colaborative curated by Vahagn Ghukasyan will interface the works of the invited artists.


Rosana Palazyan - Uma história que eu nunca esqueci / A story I never forgot - 2013/2015
stills (video)
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Rosana Palazyan - Uma história que eu nunca esqueci / A story I never forgot - 2013/2015
Video instalação (vídeo 13 minutos; linhas) / Video installation (Video 13 minutes; threads on the floor)
clique para ampliar // click to enlarge

Sobre a obra / About the work:

Gyumri:
Museum of National Architecture and Urban Life; Sergey Merkurov Museum, 47 Haghtanaki Ave.
Ayreen Anastas & Rene Gabri, Riccardo Arena, Benji Boyadgian, Giuseppe Caccavale, Marta Dell'Angelo, Thibault de Gialluly, Aleksey Manukyan, Mikayel Ohanjanyan, Gohar Smoyan, and Maria Tsagkari, entre outros /  among others

Yerevan:
-Gaspar Gasparian (1899–1966), Distant Fragments - curadoria / curated by: Ruben Arevshatyan. AGBU, 2/2
-Ilya and Emilia Kabakov, 20 Ways to get an Apple listening to the Music of Mozart and Concert for a Fly at Klorner, 7a M. Mashots Ave

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2ª parte: aberturas em 12 - 14 de setembro de 2017 /
Second part: openings on September 12-14, 2017

Erebuni (Yerevan) - Felice Varini, Estação Ferroviária Central / Central Railway Station
Sevan Lake - Déjà vu STANDARD, video instalações / video installations by: Gerard Byrne, Josef Dabernig, Igor Grubić, and Markus Scherer. Projetos de arquitetura/ architectural projects by / Levon Cherkezyan, Gevorg Kochar, Mikael Mazmanyan at Writers’ Resort, curadoria / curated by: Ruben Arevshatyan.
Yerevan, Gyumri, Kapan - Artlabyerevan, Ayreen Anastas & Rene Gabri, Arman Grigoryan, Piruza Khalapyan, Gohar Smoyan, Mika Vatinyan - The Armenia Art Foundation’s first Open Call for Artists, 2017 - entre julho e dezembro em diferentes espaços e cidades da Armênia / between July and December in different sites and cities of Armenia.

Informações - imprensa / Press information:

-ART for The World, Geneva - Milan: Alexis Kasparians and Federica Lo Carmine: press@artfortheworld.net
-Armenian Arts Council, Yerevan:
Marine Haroian : info@artscouncil.am


Pavilhão da Armênia leva à Bienal de Veneza a brasileira Rosana Palazyan (O Globo)

Artista carioca integra mostra que fala sobre identidade e memória nos cem anos do genocídio armênio

POR NANI RUBIN
07/04/2015 20:21

Imagem da videoinstalação “Uma história que nunca mais esqueci…” - Divulgação

RIO — A carioca Rosana Palazyan é um dos 16 artistas de origem armênia que terão seus trabalhos exibidos no pavilhão da Armênia na 56ª edição da Bienal de Veneza, que será realizada de 9 de maio a 22 de novembro. Com o título de “Armenity”, a representação do país vai marcar, com a mostra, os cem anos do genocídio armênio, massacre perpetrado pelos turcos, no qual morreram cerca de 1,5 milhão de pessoas. Rosana vai exibir a videoinstalação “Uma história que nunca mais esqueci…” (2013/2015) e trabalhos da série “Por que daninhas?” (2006-2015), com plantas e bordados feitos a partir de fios de cabelo humanos sobre tecido. A violência é tema recorrente do trabalho da artista — principalmente a doméstica, contra menores e contra a mulher. Muitas vezes ela usa o bordado, que aprendeu com uma de suas avós, para realizar obras em que a delicadeza da forma contrasta com uma narrativa de estupros e agressões.

"Uma história que nunca mais esqueci..." foi criada para a 4ª Bienal de Thessaloniki de Arte Contemporânea, na Grécia, em 2013. Num texto escrito na ocasião, a artista dizia não ter pretensões, com a obra, de virtuosismos técnicos, mas de "reordenar ou organizar a memória fragmentada sobre o genocídio armênio (c. 1915 a 1920)" com base nas histórias e relatos ouvidos ao longo da vida desde a infância. "Uma história que sempre foi impossível esquecer, pois o esquecimento seria o esquecimento do próprio ser", concluía.Foi em Thessaloniki que seus antepassados e seus amigos sobreviventes se refugiaram por alguns anos, antes de seguir seus caminhos.

Obra "Por que daninhas?", de Rosana Palazyan
Crédito Foto: Vicente de Mello 
Assim como os outros 17 artistas convidados (de países como Bélgica, Itália, França e Estados Unidos), Rosana é neta de armênios — seus quatro avós nasceram no país. A curadora Adelina Cüberyan v. Fürstenberg, suíça de origem armênia, pretende ressaltar, na mostra, conceitos como deslocamento e território, justiça e reconciliação, através de obras de revelam o quanto esses artistas da diáspora — descendentes de sobreviventes do primeiro holocausto do século XX — carregam de memória e identidade. O local escolhido para o pavilhão não poderia ser mais apropriado: o Monastério Mekitarista, na ilha de São Lázaro. Foi na ilha de São Lázaro, entre São Marcos e o Lido, que em 1717 o monge armênio Mekhitar estabeleceu a Ordem Mekitarista. No início do século XIX, foi ali Lord Byron estudou armênio, e onde muitas obras importantes da literatura europeia e textos religiosos foram traduzidos para essa língua.
(...)

http://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/pavilhao-da-armenia-leva-bienal-de-veneza-brasileira-rosana-palazyan-15807720

… A story I never forgot… | Ibraaz



… A story I never forgot… (2013), is a video installation in which the video, produced in an 'artisanal' manner, doesn't pretend to achieve technical excellence. Instead, it attempts to reorder and organize the fragmented memory of the Armenian genocide (c. 1915 to 1920) based on the stories and narratives I have heard since childhood. Being a Brazilian of Armenian descent from both sides, to forget such stories would mean forgetting one's own being.

The project is indeed a personal one. I started my career at the end of the 1980s, surrounded by episodes of violence and witnessing the social, economical, and political traumas in Brazil. At the time, I did not feel comfortable dealing with the Armenian theme: rather, my urgency was to bring together people numbed by the daily occurrences of these issues. Since then, I've been trying to delicately expand the reflection on violence and exclusion in the social fabric, where everyone ends up victimized.

When invited to take part in the 4th Thessaloniki Biennale, a city where my ancestors found refuge for several years, the remote past became so close to me.

Who remembers the Armenian genocide? I do.

It was necessary to reassemble each fragment of my memory as if working with a puzzle, full of enormous personal cost, to narrate once again the story which was told to me and which I never forgot. History runs through a handkerchief embroidered by my grandmother when she was a refugee in Thessaloniki, with the support of the Armenian General Benevolent, where she was an embroidery teacher. Transformed in each episode, the piece covers the story of her origins, her remembrances, her life in Greece and her eventual departure to Rio de Janeiro, to the handkerchief's return as part of the Thessaloniki Biennale.


ABOUT THE AUTHOR

Rosana Palazyan

Rosana Palazyan lives and works in Rio de Janeiro. She attended the Escola de Artes Visuais do Parque Lage (School of Visual Arts of Parque Lage) and studied Architecture and Urbanism at the Universidade Gama Filho in Rio de Janeiro. Palazyan's work in a variety of mediums promoes experiences about art, life and society along with the incorporation of the 'Other' under new ethical, aesthetical and political basis, generating a reflection on the social field of art. Recent solo exhibitions include: Casa França-Brazil, Rio de Janeiro (2010); The Place of Dream, Centro Cultural Banco do Brazil, Sao Paulo (2004); Museo de Arte Contemporáneo Rufino Tamayo, City of Mexico (2000). Group exhibitions include: The 4th Thessaloniki Biennale (2013-14); The Shelter and the Terrain, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2013); The Street, Europalia Brazil Festival, Museum van Hedendaagse Kunst Antwerpen, MHKA, Antwerp, Belgium (2011); and Pretty Tough: Contemporary Storytelling, The Aldrich Contemporary Art Museum, CT, USA (2009).

http://www.ibraaz.org/projects/96#author318

Personal memories with a scarf and a photo | Kathimerini


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